Bom Humor, por Flávio Maneira

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Algumas pessoas nascem bem humoradas e serão para sempre, outras, nascem praticamente sem nenhum bom humor e assim como as primeiras, também permanecerão assim…no entanto eu e você conhecemos pessoas que evoluíram de forma notória e se transformaram em “pessoas bem humoradas” e o inverso também é verdade…difícil definir o humor, né?

Vamos dar um passeio em nosso cérebro e entender o que se passa e o quanto podemos influenciar a termos mais “bom humor”, uma vez que é fato que ele nos ajuda em todas as esferas de nosso vida (pessoal e profissional), pois em qualquer desses ambientes é muito mais prazeroso procurarmos ficar próximos das pessoas que detém mais “bom humor”.

Fato: O humor faz as pessoas se sentirem muito bem, pois ativam as áreas de “recompensa” (ou retroalimentação) e que reagem com outras áreas de prazer (alimento, sexo, álcool, drogas, videogames, etc). Essas áreas (corpo amigdalóide, mesencéfalo, córtex da parte anterior do giro do cíngulo e o córtex insular) uma vez acionadas registram essas “experiências” e ficam no aguardo da próxima “dose” e quanto mais intenso, mais vai esperar da próxima vez…o que usado sem “bom senso”, pode causar efeitos viciosos.

Reconhecemos o “humor” quando nos deparamos com ele (situação) e segundo uma teoria, ele consiste em “surpresa’ (não era esse o final que esperava) seguido por uma re-interpretação da primeira parte para ser encaixado numa nova perspectiva. Isso significa que deve ser uma história coerente e que não seja necessariamente sensata em termos cotidianos. Por exemplo, alguns pacientes com lesão no lobo frontal do cérebro, perdem a capacidade de entender uma piada e isso acontece por que é nesse local que acontece o processo de “re-interpretação”. Já em pacientes epilépticos o córtex pré frontal ou parte inferior do córtex temporal provocou gargalhadas ou extremos sentimento de diversão.

Alguns estudos envolvendo imageamento cerebral nos ajudou a entender que as regiões orbital e medial do córtex pré frontal são ativadas em situações engraçadas (bom humor). Como o humor  está ligado a componentes emocionais e cognitivos faz sentido que essas regiões pré-frontais, que interage as duas funções, estejam envolvidas.

Por fim, o ambiente com boas doses de “bom humor”, seja no trabalho, em casa, com os amigos, numa festa, etc… contribui para todos os tipos de interação social, ajudando a pessoa a descobrir um companheiro ou transmitir suas idéias. O bom humor também diminue de forma significativa os efeitos do stress sobre o coração, o sistema imunológico e os hormônios.

Agora caso alguém do seu ciclo de amigos e família disse que você anda meio nervoso, de mal com a vida e reclamando demais… minha sugestão é: procure frequentar ambientes “bem humorados”, seja um teatro, um cinema, aquele amigo engraçado que sumiu ou porque não um novo amigo bem humorado? Eu prefiro me aproximar de pessoas assim, e você ?

Grande abraço,

Flávio Maneira

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