Inteligência, por Flávio Maneira

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Muito se fala hoje em inteligência emocional, inteligência social, múltiplas inteligências, enfim, baseado e suportado pela “neurociências” entendo que esses diversos temas não se competem, mas sim, se complementam devido o seu caminho percorrido.

INTELIGÊNCIA, refere-se à capacidade de aprender sobre, aprender com, de compreender e de interagir com o AMBIENTE. Isso engloba habilidades diferentes, como destreza física, fluência verbal, raciocínio (abstrato e concreto), senso sensorial, controle emocional, habilidades matemáticas (exatas) e humanas, além de ter a capacidade de conviver bem em sociedade (A humanidade só chegou aonde chegou e continua evoluindo por viver em grupos).

Há algum tempo, acreditava-se que somente os lobos frontais eram os centros da inteligência, pois uma lesão nessa área afetava diretamente a concentração, discernimento, etc, porém apesar disso nem sempre afetava o QI (coeficiente intelectual) medido por testes espaciais, verbais e habilidades matemáticas (exatas) o que significa que existem outras áreas envolvidas.

Pesquisas recentes apontam que a INTELIGÊNCIA conta com uma “supervia” que liga os lobos frontais (responsáveis pelo planejamento e organização) aos parietais (que interagem informações sensoriais – percepção do ambiente). Importante ressaltar que a velocidade e a eficiência com que isso (fluxo de dados)  acontece para o desempenho de certa tarefa, afetam sua inteligência.

Nosso cérebro precisa de no mínimo 3oo milésimos de segundos para passar de uma tarefa a outra, por isso falar ao telefone e dirigir ao mesmo tempo pode ser letal…ou por isso é tão difícil ouvir um discurso enquanto se lê um texto.

E o que contribui para a Inteligência?

São eles: a natureza, a criação (um cérebro que recebeu uma ótima nutrição na gestação e na infância), o ambiente (diálogos, música, leitura), genes (existem cerca de 50 genes ligados diretamente ao QI porém até agora pouquíssimos foram identificados), eficácia de sinalização (a uniformidade e velocidade da rede neural, vale reforçar que ansiedade, depressão e cansaço reduzem bem esse fluxo).

E a EMOÇÃO no contexto de Inteligência?

Nossa capacidade de interagir, julgar e tomar decisões são diretamente afetadas por nossas emoções. Isso acontece porque estas conduzem as ações. O “estado de humor” pode ter grande impacto sobre o resultado de uma tomada de decisão. Estar num  estado de ânimo agradável, neutro ou ansioso pode ter influência significativa sobre as áreas do cérebro cruciais para a cognição (raciocínio, inteligência,etc) mais elevada. Por isso pessoas com grande capacidade de controle emocional e habilidade social muitas vezes atingem mais rapidamente o chamado “sucesso” que outras com menor capacidade emocional.

Já nas relacões humanas, sejam profissionais, pessoais (amorosas) a “inteligência” norteia afinidades e preferências… por exemplo, pessoas admiram mais pessoas percebidas como “inteligentes”, com uma pequena diferença na “ordem” quando falamos de homem-mulher ou mulher-homem, no primeiro caso, por questões fisiológicas o que desperta primeiramente é a parte física seguida pela “inteligência” já no segundo, vem a “inteligência” percebida, para depois o aspecto físico.

Ou seja, na troca de olhares (mulher-homem) durante um flerte o homem na abordagem pergunta:  “Nossa, você se machucou? a mulher meio sem entender diz:  Porque? e ele responde: Porque você caiu do céu…rs…dificilmente ele terá sucesso.

Já no inverso (homem-mulher), se o homem, motivado primeiramente pelo aspecto físico (independente de gostos, pois isso não se discute) se perceber que a mulher não é inteligente, também diminui a expectativa.

A boa notícia é que todos podem ser mais inteligentes.

Basta querer.

 

Abraços, Flávio Maneira.

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